Talvez vcs não saibam, mas além da morte física, temos muitos tipos de morte.
Recentemente, tentaram me matar.
Acredito que não exita forma mais desumana e dolorosa de se matar alguém, do que matando esta pessoa para seu próprio filho (a).
Sofre o morto – vivo, sofre a família do morto- vivo, mas principalmente sofre uma criança inocente que tem que enterrar sua mãe porque seu pai assim deseja (ou mudando de gênero, enterrando o pai porque é o desejo da mãe).
Este desejo é fruto de um dos mais primitivos sentimentos, o de vingança ao ex-companheiro (a).
Então veio o afastamento, diversos motivos pra não estamos juntos aos finais de semana, férias frustradas, ocultação de eventos escolares, além do afastamento imposto quando obrigava a criança a escolher quem ela levaria nas festinhas.
Deixando bem claro que não havia a opção de levar mãe e pai.
Depois disto, por falta de orientação e apoio psicológico, meus erros agravaram as coisas.
Digo isto porque, no intuito de não ver a criança sofrer ou passar por constrangimento, eu comecei a me retirar de campo para que não fosse a criança que carregasse o fardo de ter que escolher entre pai ou mãe.
Quando eu pensei que as coisas iriam se estagnar, errei.
Começaram a surgir as “falsas memorias”.
Passeios que foram feitos comigo, a criança substituiu pelo outro.
Momentos alegres, simplesmente foram esquecidos e quando eu tentava reativar a memoria eu era chamada de mentirosa.
E foi então que um abismo começou a se formar entre eu e meu filho. Quanto mais o chão se abria e os dois lados ficavam mais distantes, mais meu coracao era dilacerado. Mais problemas de comportamento ele apresentava na escola e nas rodas sociais.
Estava praticamente prostrada ao chão, me sentindo completamente vencida, devastada em guerra, aquela em que todos os seus batalhões são exterminados.
Quando pensei que a coisa não tinha como priorar, que a “Guerra” estava terminada porque não tinham mais nenhum pedaço do seu corpo que pudesse ser arrancado, me foi desferido o golpe fatal.
Foi quando eu recebi um boletim de ocorrência onde eu fui acusada de torturar meu próprio filho.
Não gosto de lembrar, mas posso garantir que foi o pior sentimento que ja tive na vida. Parecia que uma bomba atômica tinha eclodido no meu peito, uma dor terrivel.
E neste momento eu tive o que poderia ser chamado de “parada cardiaca”, e estive realmente morta por algumas horas, completamente catatônica. Me sentia em outra dimensão, exatamente como a gente vê nos filmes, saindo do proprio corpo, da propria história.
E quando estava lá no alto, divagando, ouvi a voz do Tarcio, meu companheiro, me dizendo: “Você aguentou todos os tiros em nome da paz e paz é unica coisa que você não tem. Agora você tem que respirar, sobreviver, as coisas foram longe demais, seu filho precisa de você. Você tem que reagir e só você pode fazer isto”
Só assim eu tomei a titude de procurar a justiça
4 anos de luta!
Desde que esta história começou, 4 longos anos se passaram e envelheci por 20.
Quanta dor e lagrimas. Não só pra mim, mas para todos ao meu redor, meus familiares, um verdadeiro purgatório. E posso afirmar que não desejo isso pra ninguém.
Hoje eu só tenho um sentimento, o de gratidão.
Tenho que agradecer muitas pessoas:
- Começando por aqueles que levantaram suspeitas sobre a minha capacidade de maternagem, que eu não era uma boa mãe, os que falavam: “O que sera que ela fez de tão grave pra perder a guarda do filho ?”
- Aqueles que duvidaram de mim e não acreditaram no que eu contava.
Obrigado de coracao, eu sei “Quem” disse estas coisas e me decepcionei demais, vcs me causaram muita revolta, mas transformei este sentimento em força motriz para dar incio a minha luta.
Obrigado a minha familia, por tirar apoio ao serem enganados e acreditarem nas historias do pai do meu filho.
Mas um obrigado muito maior ao se permitirem investigar melhor, descobrir o que realmente acorria e dar apoio.
De uma forma ou de outra vocês também foram combustível para eu continuar na luta porque vocês me devolveram a capacidade de ressurgir das cinzas.
Obrigado até aqueles que simplesmente passaram a mão na minha cabeça, me deram ouvidos quando cansei de bancar a forte e chorei.
E como chorei…
A Guerra acabou, eu sobrevivi a uma tentativa de assassinato. Mas não foi através da justiça, ela demorou demais. NO ritmo dela eu ja teria perdido meu filho e estaria morta.
Foi com o despertar do meu filho, que tomou iniciativas, que teve coragem de se rebelar contra tudo e tomou decisões sem esperar mais pela justiça.
Pretendo me manter viva…vou continuar lutando e dando apoio a todas as famílias que estão nesta luta contra a #alienacaoparental
É por você filho que vou, vou até onde ninguém imagina.
Eu nunca vou desistir de você.
Te amo.
PS: A você que leu até aqui, se ainda tiver estomago, veja o video a seguir e divulgue para ajudar os que estão desesperados.